MMC- Quando começou o amor pela música? Lembra qual foi a primeira vez que você ouviu um riff ou acorde que te jogou no mundo do heavy metal?
MP-Aos 10 anos de idade quando comecei a estudar violão, porém abandonei depois de 2 anos. Em 1981 quando comecei ouvir Black Sabbath.
MMC – Como é a viver a realidade do KORZUS desde a década de 80? Dificuldades e alegrias?
MP-Normal, um processo evolutivo com adaptações normais de acordo com a época. Mais alegrias com certeza.
MMC- Falando na década de oitenta, muita coisa mudou até os dias atuais. Desde tecnologias até conceitos. Nessa pegada, qual a mudança mais significativa que você notou entre os fãs?
MP-O poder da palavra escondida atrás do teclado
MMC- Você acredita que com chegada da tecnologia, o mundo do consumo da música melhorou para os artistas?
MP-Não sei te dizer, acho que apenas nos adequamos.
MMC- Na hora de compor, como funciona o processo para encontrar o equilíbrio entre fazer oque os fãs esperam e fazer o que você gosta de criar?
MP-Depois de 35 anos de carreira o fã se torna a coisa mais importante para nós, sem ele não há nada, trabalhamos para que ele sinta-se realizado com o q fazemos porque no fundo é pra ele q vivemos, claro que a satisfação pessoal também é importante, mas decepcionar o fã para nós é o mesmo que dar um tiro no pé, então é a mescla do que o fã quer e espera com o que queremos deve ser a formula ideal.
MMC – atingir os públicos mais jovens é um desafio? Como chamar atenção dessa galera no meio desse turbilhão de novidades?
MP-Fazemos o nosso trabalho, sempre estamos ligados no que acontece , mas, também acreditamos no que fazemos sem tendencias ou datas, apenas fazemos, temos uma legião de fãs e na real esperamos que o resultado chegue a todos. Nos nossos shows temos variedades de idades desde os mais jovens aos quarentões, então vejo que estamos no caminho certo e sem pressão. A pressão fica para as bandas mais jovens que ainda estão fazendo sua historia, a nossa já esta ai.
MMC- Quando o Pompeu pensa num ídolo, qual o grande nome que vem à cabeça?
MP- Dio
MMC- Durante todos esses anos de luta em prol do metal, tocando e/ou produzindo, alguma vez passou pela cabeça parar e partir pra outro rumo?
MP- Não, perdi muito para estar onde estou, perdi na minha vida pessoal, mas no contexto valeu a pena porque faço e vivo no que gosto, pena não ser algo normal na simplicidade humana.
MMC- Falando em mudança de rumos, vamos imaginar que o destino não tivesse te trazido para o mundo da música (no qual és uma referência), qual outra atividade vocês gostaria de ter exercido?
MP- Realmente não sei, não me vejo em outra situação, mas quando jovem, antes da musica o futebol era algo importante para mim e minha família.
MMC- Na constante busca pela alta qualidade sonora, há espaço para novidades ou os clássicos ainda continuam sendo a principal referência?
MP- Ainda continuam atualmente, mas acredito muito na nova geração e acredito que eles vão manter a bandeira do metal lá no alto.
MMC- Agora sobre novos projetos. Há um trabalho surgindo no horizonte e que irá ver a luz do sol em breve. Poderia nos falar algo sobre seu mais novo trabalho?
MP- Você deve estar falando da minha carreira solo (risos). Sim, estou fazendo um trabalho paralelo ao Korzus, coisas que gosto que não se enquadram a historia da banda e que demorei muito para por para fora, mas, antes tarde do que nunca, até porque acho que agora me sinto confortável pra faze-lo. Poder mostrar um pouco do meu gosto musical individual, mensagens e composições, tenho muito orgulho do que estou fazendo, logo menos vocês terão contato direto com esse lado metal meu.
Por Uillian Vargas
Marcello Pompeu/ Assessoria Isabele Miranda